Conversa de gaja
Ultimamente, ando com um hábito terrível. Apanho o cabelo todos os dias, mesmo nos dias em que o lavo. Isto é mau por duas razões:
Parte o cabelo;
Parte o cabelo.
Isto é conversa de gaja, eu sei. Eu tenho pouca conversa desta, até comigo mesma. Mas se há coisa com a qual sempre tive um certo problema, para além da minha pele, é o cabelo. Eu sempre tive cabelo ondulado/encaracolado, que tem tendência para virar completamente frisado quando num ambiente menos hospício. Já tive todos os comprimentos, penteados e cortes que podem imaginar - cabelo curtinho à rapaz, pelas orelhas, estilo bob, pelos ombros, pelo peito, abaixo das mamas... enfim, acho que já tive cabelo de todo o jeito e feitio. Mas agora quero deixá-lo crescer, só que ele não está a coisa mais bonita com o tamanho actual, porque o meu cabelo só é engraçado de duas formas - ou muito curto ou muito comprido. Quando está no meio-termo, fica muito aborrecido e toda a gente sabe que eu odeio aborrecido. Por isso, não vou de modas e toca de fazer uns low buns com a franja solta e uns caracóis a emoldurar a cara e siga caminho. É mau, especialmente porque ele está pintado e isso enfraquece também o cabelo, não precisando do acrescento de andar sempre apanhado.
Mas é tão prático e salva-me de andar a varrer cabelos do chão da loja todos os dias e quando saio à rua e está vento, não corro o risco de cair, bater com a cabeça e morrer por causa dos cabelos que me tapam a vista!
Portanto, das duas uma - ou o volto a cortar (coisa que prometi que não fazia até Julho) ou então continuo a praticar este mau hábito até ele estar a um comprimento aceitável.
As escolhas difíceis da minha vida... Isto só demonstra o quão "sem sal" são os meus dias ultimamente, meu deus.