Devagar se vai ao longe
Ultimamente não tenho andado muito virada para a escrita. Ou para a leitura, a não ser que sejam anúncios no Sapo empregos. Tenho fases...todos temos, acho eu. E esta fase não tem sido muito...criativa para mim. Andei a semana toda de um lado para o outro, entrevista aqui, entregar currículo ali e no final, gasto dinheiro que não tenho. Esta semana decidi oferecer um pequeno mimo a mim mesma e deixei-me ir ao cinema com uns quantos amigos - mas agora não há mais mimos para ninguém.
Eu já sabia que era difícil entrar neste mundo a que chamamos mundo do trabalho, com a pouca ou até mesmo nenhuma experiência que tenho. Sabia que ia receber olhares do género: "Coitada...volta mas é para a escolinha amor!". Sabia que ia ser difícil - vivi com um "difícil" durante um ano e meio aqui em casa, de quase 50 anos, à procura de um emprego. Mas lá está a diferença - ele precisava de um emprego, eu só preciso de um trabalho. E não me estou a queixar - porque sinceramente, não vale a pena fazê-lo e porque me parece que não tenho direito a isso, segundo certas pessoas - mas só quero dizer, a todos aqueles que como eu andam à caça de um trabalho ou de que como o meu pai, à caça de um emprego:
Não desistam, não vacilem e não se incomodem com os olhares que possam receber ou com os abanares de cabeça que vos dêem, ao olharem para vocês ou para o vosso (pequeno) currículo. Devagar se vai ao longe... E se passado um ano e meio o meu pai arranjou finalmente o emprego que procurava, eu também hei-de encontrar um trabalho - seja ele qual for, o que for.
É preciso é persistir e ter paciência (não sou muito boa na última, mas há sempre arestas nossas que precisamos de limar...)