Alguém em casa?
Janeiro parece durar o ano inteiro. Não tem fim. Tal e qual como o Inverno que eu vivo, parece que já há quatro anos constantes. Quero o sol, quero muito o sol. E o calor, que não venha do aquecedor no meu quarto, que ao rodar faz uns barulhos que ao fim de uns minutos me incomodam tanto que, acabo por o desligar.
Mas depois vem o calor. E eu vou andar a suar e a pedir pelo frio outra vez. Janeiro parece não ter fim, mas depois vem o Fevereiro e provavelmente vou andar a queixar-me que é demasiado curto e que não tive tempo nenhum para nada.
Quero andar motivada, mas não há motivos para isso. Quero encontrá-los mas não sei onde os ir procurar, quanto mais achar. Quero ter esperança, mas e se nunca a tive para começar?
Dizem que nada dura, tudo passa... Porque é que esta inquietação dentro de mim não é assim? Passageira? Não. Ela dura e dura e faz-me acordar todos os dias vazia.
Sou um vácuo. Aquela piada, de bater na cabeça e dizer "está alguém em casa?".
Pois. Não está cá ninguém.